Vivemos uma época em que a tecnologia está presente em praticamente tudo que fazemos, desde a comunicação até a gestão de grandes empresas. Nesse cenário, os data centers se tornaram essenciais, garantindo o armazenamento, o processamento e o tráfego de dados em escala global.
Mas, diante desse avanço acelerado, surge um desafio urgente: como transformar essa infraestrutura em um data center sustentável, capaz de conciliar inovação com consumo energético responsável?
Neste artigo, você vai entender por que os data centers são tão importantes para a economia digital, quais impactos ambientais surgem com seu crescimento e como o setor vem adotando soluções sustentáveis, como energia limpa, para apoiar a construção de um modelo de data center sustentável.
Boa leitura!
O crescimento dos data centers e seu papel na economia digital
Os data centers são instalações que abrigam servidores, sistemas de armazenamento e equipamentos responsáveis por manter o mundo conectado.
São eles que processam informações, hospedam serviços de nuvem e sustentam tecnologias como a inteligência artificial (IA), a Internet das Coisas (IoT) e o big data.
Nos últimos anos, o avanço da IA aumentou a demanda por capacidade computacional, acelerando a expansão desses centros em todo o mundo. Atualmente, há cerca de 11,8 mil data centers operando globalmente, e o número segue crescendo.
O Brasil, que representa cerca de 1,5% do mercado global, conta com 181 data centers e vem se consolidando como um dos destinos mais promissores para novos investimentos. Entre 2013 e 2023, o mercado nacional cresceu 628%, segundo o Brazil Data Center Report. Hoje, o país soma uma carga instalada de 800 MW, com projeções de alcançar 13,4 GW até 2038.
Nesse ritmo de expansão, cada vez mais empresas olham para o país como um local ideal para instalar um data center sustentável, especialmente pela matriz energética limpa.
Empresas como Microsoft e Amazon reforçam esse movimento, com novos centros de dados e investimentos bilionários no país para atender à crescente demanda digital.
Mas essa expansão traz uma preocupação urgente: o impacto ambiental desse crescimento acelerado e a necessidade de ampliar a sustentabilidade nos data centers.
Inovação versus alto consumo: por que o data center sustentável é urgente
Se os data centers são indispensáveis para a transformação digital, também são grandes consumidores de eletricidade. A operação contínua, os sistemas de refrigeração e a necessidade de redundância fazem com que eles tenham um consumo energético elevado.
Estimativas apontam que o setor já responde por cerca de 1% do consumo global de energia, e essa porcentagem tende a aumentar nos próximos anos.
Além do consumo de eletricidade, há o uso intenso de água para refrigeração, elevando custos e impactos ambientais. Por isso, há uma pressão crescente para transformar esse cenário em um modelo de data center sustentável, capaz de operar com eficiência e menor pegada de carbono.
A adoção de tecnologias mais eficientes, técnicas avançadas de resfriamento e energia renovável é essencial para que um data center sustentável funcione com equilíbrio entre inovação e responsabilidade ambiental.
É nesse contexto que surgem os data centers verdes, que combinam alta performance com responsabilidade ambiental, adotando:
- energia renovável,
- sistemas inteligentes de refrigeração,
- equipamentos de baixo consumo,
- e estratégias de eficiência energética.
Assim, o setor começa a caminhar ao lado da sustentabilidade nos data centers. Essa virada de chave abre caminho para uma nova prioridade no setor: a integração de energia limpa e metas ambientais no coração da operação.
Energia limpa e responsabilidade ambiental: pilares do data center sustentável
Com o aumento do consumo energético, adotar alternativas sustentáveis virou prioridade estratégica. Empresas e governos estão se mobilizando para reduzir emissões e incentivar o uso de energia renovável nos data centers.
Gigantes da tecnologia como Google e Microsoft já adotaram metas ambiciosas de descarbonização. Em 2023, o Google informou que 64% da energia utilizada nos data centers era de fontes renováveis, chegando a 90% em algumas unidades.
A busca por um data center sustentável também está conectada às metas ESG que orientam grandes corporações.
Já a Microsoft relatou que 96% de sua pegada de carbono tem origem em emissões indiretas, relacionadas à fabricação e transporte de equipamentos, e anunciou planos para reduzir drasticamente esse número até 2030.
O movimento também ganha força no Brasil. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) lançou o Programa de Sustentabilidade e Energias Renováveis para IA, com R$ 500 milhões destinados ao desenvolvimento de data centers sustentáveis. A ideia é priorizar fontes limpas e incentivar tecnologias de resfriamento e servidores mais eficientes, elementos essenciais de qualquer data center sustentável.
Esses avanços mostram que sustentabilidade deixou de ser apenas uma tendência: virou uma prioridade estratégica, alinhando eficiência, responsabilidade ambiental e competitividade.
A transição energética e o futuro do data center sustentável
A transformação do setor de data centers faz parte de um movimento global maior: a transição energética. Isso significa substituir gradualmente fontes fósseis por alternativas renováveis, como solar, eólica, hidrelétrica e biomassa.
O objetivo é reduzir as emissões de gases de efeito estufa e acelerar a descarbonização da economia. Diversos operadores de data centers já planejam atingir a neutralidade de carbono, investindo em:
- geração própria de energia renovável,
- sistemas de armazenamento,
- integração de múltiplas fontes,
- estratégias para alcançar a neutralidade de carbono.
Nesse cenário, o Brasil se destaca. Com uma matriz energética predominantemente renovável e condições naturais favoráveis, o país se tornou um destino estratégico para empresas que buscam reduzir emissões e operar de forma mais sustentável.
Ainda assim, desafios permanecem. Fontes renováveis são intermitentes, ou seja, dependem de fatores naturais como sol e vento. Por isso, sistemas de armazenamento e integração de diferentes fontes são fundamentais para garantir estabilidade e eficiência, parte fundamental de qualquer projeto de data center sustentável.
Esse novo panorama reforça a importância de políticas energéticas mais flexíveis e modelos de contratação que incentivem o consumo de energia limpa, como o mercado livre de energia, que contribui diretamente para a expansão de um data center sustentável no Brasil.
Mercado livre de energia: aliado direto do data center sustentável
O mercado livre de energia é uma ferramenta importante para acelerar a sustentabilidade. Nele, empresas podem negociar diretamente com geradoras e optar por energia 100% renovável.
Para quem busca construir ou operar um data center sustentável, os benefícios são claros:
- redução expressiva da pegada de carbono;
- previsibilidade de custos;
- flexibilidade no modelo contratual;
- alinhamento às metas ESG.
Um exemplo é a Fiocruz, que migrou para o mercado livre com apoio da Echoenergia e passou a operar com energia renovável. O resultado? Economia de mais de R$ 60 milhões por ano e redução de 48 mil toneladas de CO₂.
Hoje, dez unidades da instituição funcionam com energia limpa, mostrando que é possível unir eficiência, inovação e responsabilidade ambiental.
O mercado livre de energia é um grande acelerador de sustentabilidade, permitindo que empresas contratem energia 100% renovável diretamente com geradoras.
Echoenergia: energia limpa para impulsionar o data center sustentável no Brasil
A Echoenergia, do Grupo Equatorial, é uma das protagonistas dessa transição no Brasil. Com 1,8 GW de capacidade instalada, sendo 1,2 GW em energia eólica e 574 MW em solar, a empresa é referência em geração e comercialização de energia renovável.
Se sua empresa busca construir ou operar um data center sustentável, fale com nossos especialistas e descubra como a energia renovável pode impulsionar sua operação com eficiência, competitividade e responsabilidade ambiental.
