Transição energética no Brasil: como estamos lidando?
Nos últimos anos, as mudanças climáticas se intensificaram a uma velocidade preocupante. Com o aumento das temperaturas globais, eventos climáticos extremos e a degradação dos ecossistemas, a necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) se tornou urgente.
A transição energética surge como uma solução essencial para conter essas mudanças e proteger o futuro do planeta.
A principal fonte de energia no mundo ainda é baseada em combustíveis fósseis, como petróleo, carvão e gás natural, que liberam grandes quantidades de dióxido de carbono (CO₂) e metano na atmosfera.
Esse processo é um dos principais responsáveis pelo aquecimento global, especialmente desde a metade do século XIX, quando a industrialização levou a um aumento contínuo nas emissões desses gases.
Para conter esse avanço, países ao redor do mundo têm buscado alternativas energéticas mais limpas e sustentáveis. Mas o que exatamente é essa transição energética? Como o Brasil está se posicionando nessa jornada rumo a um modelo de energia mais limpo e eficiente?
Vamos explorar essas questões a seguir.
O que é transição energética?
A transição energética é um processo de mudança gradual das fontes de energia baseadas em combustíveis fósseis para fontes renováveis e com baixo impacto ambiental, como solar, eólica, biomassa e hidrogênio verde.
A meta é adotar soluções eficazes que reduzam significativamente a emissão de GEE, diminuindo a pegada de carbono. A transição energética visa transformar a forma como produzimos e consumimos energia, reduzindo os danos ambientais e promovendo uma economia de baixo carbono.
Essa transição é considerada crucial, pois estudos apontam que a temperatura média da Terra está aumentando em um ritmo acima do natural, o que tem causado o derretimento das calotas polares, a elevação do nível do mar e o aumento da frequência de desastres climáticos.
Diante disso, muitos países e empresas têm se comprometido com metas de emissões mais baixas e políticas de sustentabilidade, reforçando o compromisso com a transição energética.
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Principais iniciativas para a transição energética no mundo
A transição energética não é um processo isolado, mas sim uma iniciativa coletiva global. Um dos principais marcos é o Acordo de Paris, assinado por 195 países, que tem como objetivo limitar o aumento da temperatura média global a bem abaixo de 2 °C em relação aos níveis pré-industriais, com uma meta ideal de 1,5 °C.
Diversos países estão trabalhando para atingir esse objetivo. A Alemanha, por exemplo, investe intensamente em fontes renováveis e já reduziu cerca de 32% de suas emissões de GEE. O país pretende que até 2030, 80% de sua eletricidade seja gerada a partir de fontes renováveis.
Já a União Europeia, em um esforço conjunto, se comprometeu a alcançar a neutralidade de emissões até 2050, buscando impulsionar tecnologias limpas e políticas energéticas sustentáveis.
Aumento do consumo de energias renováveis no Brasil
O Brasil ocupa uma posição singular na transição energética global. Embora seja o quinto maior emissor mundial de GEE, o perfil de suas emissões é bastante distinto de outros grandes emissores, como China e Estados Unidos. No Brasil, a maior parte das emissões está ligada ao desmatamento e à agropecuária, enquanto na média dos países do G20 se concentra no setor de energia.
A matriz energética brasileira já é uma das mais limpas do mundo, com uma participação significativa de fontes renováveis, como hidrelétrica, eólica, solar e biocombustíveis. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, o Brasil se destaca no Índice de Transição Energética (ETI), ocupando o primeiro lugar entre os países emergentes e o terceiro no G20.
Esse resultado é fruto de diversas iniciativas:
– Energia hidrelétrica: O Brasil é um dos líderes globais na geração de energia hidrelétrica, uma fonte limpa e renovável.
– Biocombustíveis: O etanol brasileiro, produzido principalmente a partir da cana-de-açúcar, emite cerca de 80% menos CO₂ em comparação à gasolina. Isso faz do país um exemplo mundial na adoção de biocombustíveis.
– Energia solar e eólica: O investimento em energia solar e eólica tem aumentado significativamente nos últimos anos, diversificando a matriz energética nacional e aumentando a participação de fontes renováveis.
– Hidrogênio de baixo carbono: O Brasil possui um enorme potencial para produzir hidrogênio verde, especialmente em locais onde a produção de energia eólica e solar é viável.
Segundo o Balanço Energético Nacional (BEN) de 2024, a renovabilidade da matriz energética brasileira subiu para 49,1%, muito acima da média mundial, que é de apenas 14,7%. No caso da matriz elétrica, esse percentual é ainda maior, alcançando 89% de fontes renováveis.
Como as empresas podem contribuir para a transição energética?
As empresas têm um papel essencial na transição energética e, cada vez mais, negócios estão adotando práticas sustentáveis para diminuir custos e reduzir o impacto ambiental.
Entre as principais ações que podem implementar está a eficiência energética, que envolve o uso de tecnologias que minimizem o consumo energético nas operações diárias. Esse é um primeiro passo estratégico, e práticas como o uso de equipamentos mais eficientes e o monitoramento constante do consumo são recomendadas.
Outra medida fundamental é a adoção de fontes de energia renovável. Empresas podem gerar sua própria energia, por meio de painéis solares, ou contratar serviços de energia renovável por assinatura.
Há também a possibilidade de migração para o mercado livre de energia, onde as empresas negociam diretamente com fornecedores, possibilitando o consumo de energia 100% renovável, o que otimiza custos e reduz a pegada de carbono.
No Brasil, o mercado livre tem se mostrado uma ferramenta poderosa para empresas que buscam mais controle sobre suas fontes e gastos com energia, pois oferece liberdade para escolher fornecedores e optar por energia solar e eólica, que possuem menor impacto ambiental.
Assim, o mercado livre de energia representa uma alternativa eficaz para empresas que desejam alinhar economia e práticas sustentáveis em suas operações, promovendo uma transição para fontes limpas e uma operação mais competitiva e ecologicamente responsável.
Echoenergia: sua parceira no mercado livre de energia
A Echoenergia, parte do Grupo Equatorial, é especialista em geração e comercialização de energia renovável. Com uma capacidade instalada de 1,8 GW — incluindo 1,2 GW de parques eólicos no Nordeste e 574 MW em usinas solares no Piauí e na Bahia —, a Echoenergia oferece soluções sustentáveis e eficientes para empresas que buscam otimizar seus custos energéticos. Estamos comprometidos em ajudar nossos clientes a alcançar suas metas de eficiência e sustentabilidade.