Geração Distribuída: o que é e como funciona?
A Geração Distribuída (GD) vem ganhando destaque como uma alternativa eficiente e sustentável para a produção de energia elétrica no Brasil. Este modelo tem se popularizado entre consumidores que buscam reduzir custos e adotar soluções mais amigáveis ao meio ambiente.
Nos últimos anos, a GD se consolidou como uma peça fundamental no cenário energético brasileiro, proporcionando não apenas economia, mas também uma maior independência em relação às grandes distribuidoras de energia.
A seguir, exploraremos o conceito de Geração Distribuída, como ela funciona, suas diferentes modalidades e os inúmeros benefícios que oferece.
Continue lendo para descobrir como essa tecnologia pode transformar o consumo de energia em sua casa ou empresa!
O que é a Geração Distribuída?
A Geração Distribuída se refere à produção de energia próxima ou no local de consumo. Diferente da Geração Centralizada (GC), onde grandes usinas produzem energia que é distribuída por linhas de transmissão, a GD permite que consumidores gerem sua própria eletricidade.
Esse modelo foi introduzido em 2012 pela Resolução Normativa 482 (RN 482) da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que estabeleceu regras e criou o sistema de compensação de energia elétrica.
Entre 2021 e 2023, o número de usinas solares compartilhadas no Brasil quadruplicou, passando de 1,9 mil para 7,7 mil, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
A expectativa é que até 2031, a GD possa economizar mais de R$ 84,9 bilhões nas contas de luz dos brasileiros, mostrando-se como uma solução econômica e ecológica.
Apesar de a GD poder fazer uso de algumas fontes diferentes, a energia solar fotovoltaica responde por mais de 98% das instalações do segmento no País.
Confira agora: Como funciona uma placa solar
Como funciona a Geração Distribuída?
Na Geração Distribuída, os consumidores se tornam produtores da própria energia ao investir em geradores elétricos individuais. Esses geradores podem abastecer diversos tipos de unidades consumidoras, como residências, estabelecimentos comerciais e propriedades rurais.
Os sistemas mais utilizados nesse modelo são os chamados on-grid, que estão conectados à rede elétrica da distribuidora local.
Quando a produção de energia supera o consumo imediato, o excedente é enviado para a rede elétrica e convertido em créditos. Esses créditos podem ser utilizados posteriormente para reduzir o consumo da rede em momentos de baixa geração, como à noite ou durante períodos de menor incidência solar.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) regulamenta dois tipos principais de GD. A microgeração se refere a sistemas com potência instalada de até 75 kW, e a minigeração, que abrange sistemas com potência instalada entre 75 kW e 3 MW para energia solar.
Modalidades de Geração Distribuída
A ANEEL inicialmente permitia apenas uma modalidade de GD, mas a Resolução Normativa 687 de 2015 introduziu três novas opções, ampliando o acesso dos consumidores.
Hoje, existem três modalidades principais:
1. Geração junto à carga
Nessa modalidade, o consumidor instala seu gerador no mesmo local onde consome a energia. Um exemplo comum é o sistema solar residencial, com painéis instalados no telhado para atender à demanda da casa.
Esta modalidade é amplamente utilizada por permitir que os consumidores gerenciem diretamente a produção e o consumo de energia, resultando em maior autonomia e redução de custos.
2. Autoconsumo remoto
Aqui, o consumidor pode instalar o gerador em um local diferente daquele onde será consumida a energia, desde que os imóveis estejam sob a mesma titularidade e na área da mesma distribuidora.
Essa modalidade é ideal para consumidores que possuem múltiplos imóveis, como empresas com várias filiais, permitindo que a energia gerada em um local seja utilizada em outros, otimizando os recursos e aumentando a eficiência.
3. Geração compartilhada
Permite que dois ou mais consumidores compartilhem a geração de um mesmo sistema, formando uma cooperativa ou consórcio.
Esta modalidade é particularmente vantajosa para quem não tem espaço para instalar painéis solares em suas próprias propriedades, mas ainda deseja se beneficiar da energia solar.
A energia solar por assinatura é uma forma de geração compartilhada. Com ela, o contratante usa a eletricidade gerada pelo sol sem precisar produzi-la no imóvel onde será consumida.
Funciona assim: a empresa contratada gera energia por meio de uma usina solar e envia a eletricidade gerada para a rede de distribuição convencional. Como resultado, ela recebe créditos que podem ser usados para reduzir o valor da fatura de energia. Esses créditos são, então, transferidos para o cliente que contrata o serviço, ajudando a diminuir o custo da sua conta de luz.
Empreendimento com múltiplas unidades consumidoras
Conhecida como geração em condomínios, essa modalidade é utilizada por prédios residenciais ou comerciais que instalam um sistema central para atender áreas comuns e distribuir créditos entre os condôminos.
Esse modelo permite que os condomínios aproveitem os benefícios da energia solar, reduzindo os custos das áreas comuns e oferecendo economia adicional para os residentes ou lojistas.
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Benefícios da Geração Distribuída
A Geração Distribuída oferece uma série de benefícios que impactam positivamente tanto os consumidores quanto o sistema elétrico como um todo.
Ao promover o uso de fontes de energia renováveis e descentralizar a produção de eletricidade, a GD traz melhorias significativas para a eficiência, a sustentabilidade e a economia.
A seguir, destacam-se alguns desses benefícios.
Diversificação da matriz energética
A GD contribui para a diversificação da matriz energética, reduzindo a dependência de fontes convencionais e promovendo o uso de energias renováveis.
Isso torna o sistema elétrico mais resiliente a oscilações no fornecimento de combustíveis fósseis e às flutuações de preços no mercado internacional.
Redução de perdas na transmissão de energia
Como a geração ocorre próxima ao consumo, há uma redução significativa nas perdas de energia durante a transmissão.
Isso aumenta a eficiência do sistema elétrico e diminui os custos associados à distribuição de energia em grandes distâncias.
Geração de empregos
A expansão da Geração Distribuída gera empregos diretos e indiretos, fortalecendo a economia local e nacional.
A instalação e manutenção de sistemas de GD demandam mão de obra qualificada, promovendo o desenvolvimento profissional e contribuindo para o crescimento de setores técnicos e industriais.
Matriz energética mais sustentável
A utilização de fontes renováveis torna a matriz energética mais sustentável e menos poluente. Isso contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa, ajudando a combater as mudanças climáticas e promovendo um futuro mais verde.
Maior eficiência energética para os consumidores
A Geração Distribuída promove maior eficiência energética, reduzindo os custos operacionais e aumentando a competitividade dos empreendimentos.
Empresas e residências que adotam a GD podem se beneficiar de custos de energia reduzidos, além de contribuir para a preservação ambiental.
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