Como é constituída a matriz energética brasileira?
A matriz energética de um país é mais do que uma simples composição de números ou fontes: é o reflexo de suas decisões estratégicas para atender às demandas da sociedade e garantir o crescimento sustentável.
No Brasil, essa matriz energética se destaca por sua diversidade, graças à abundância de recursos naturais e ao esforço para integrar sustentabilidade e desenvolvimento econômico.
No contexto global, o Brasil apresenta um diferencial significativo. Enquanto muitos países ainda dependem fortemente de combustíveis fósseis, a matriz energética brasileira oferece um alto índice de renovabilidade, influenciando positivamente a economia, o meio ambiente e a competitividade no mercado.
Neste texto, vamos explorar como a matriz energética brasileira é estruturada, diferenciando-a da matriz elétrica, analisando os dados mais recentes e discutindo as perspectivas futuras para o setor de energia no país.
Boa leitura!
Matriz energética e matriz elétrica: conheça a diferença
Para compreender a matriz energética brasileira, é essencial diferenciar os conceitos de matriz energética e matriz elétrica.
A matriz energética é a combinação de todas as fontes de energia utilizadas para atender à demanda de um país. Isso inclui eletricidade, combustíveis para transporte e energia térmica para aquecimento.
Já a matriz elétrica é um subconjunto da matriz energética, concentrando-se exclusivamente nas fontes utilizadas para gerar energia elétrica.
Essa distinção é importante porque a matriz energética reflete o panorama completo do consumo de energia, enquanto a matriz elétrica detalha exclusivamente a geração de eletricidade.
No caso do Brasil, a matriz elétrica é uma das mais limpas do mundo, com predominância de fontes renováveis. Isso contribui para que a matriz energética brasileira também apresente uma alta taxa de renovabilidade em comparação com outros países.
A matriz energética brasileira em números
De acordo com o Balanço Energético Nacional (BEN) 2024, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), o total de energia disponibilizada no Brasil cresceu 3,5% em 2023, impulsionado por avanços em diversas fontes renováveis.
Apesar disso, fontes não renováveis, especialmente petróleo, gás natural e derivados, ainda são maioria na matriz energética brasileira, respondendo por 50,9% de toda a oferta interna de energia.
Por outro lado, comparado com outros países, o Brasil apresenta uma boa participação de fontes renováveis em suas matrizes, principalmente na elétrica.
O documento aponta que o aumento expressivo da oferta de biomassa, energia eólica e solar contribuiu para que a matriz energética brasileira aumentasse sua renovabilidade para 49,1%.
Esse percentual é muito superior ao observado no resto do mundo, que é de aproximadamente 14,7%.
A matriz elétrica no Brasil
A matriz elétrica brasileira é reconhecida mundialmente pela predominância de fontes limpas e renováveis.
Segundo o BEN, a participação de renováveis na matriz elétrica aumentou para 89,2% e foi marcada pela manutenção da oferta de energia hidráulica, crescimento da geração eólica e solar fotovoltaica e redução da geração por gás natural e derivados de petróleo.
A geração solar fotovoltaica atingiu 50,6 TWh crescendo 68,1% e a sua capacidade instalada alcançou 37.843 MW, expansão de 54,8% em relação ao ano anterior.
A geração eólica atingiu 95,8 TWh (crescimento de 17,4%) e a sua potência instalada alcançou 28.682 MW, expansão de 20,7%.
Já em relação às termelétricas, houve uma queda de 1,9% na geração.
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), em março de 2024, a capacidade instalada do país atingiu 200 GW.
As três maiores fontes da matriz elétrica brasileira são: hidrelétrica (55%), eólica (14,8%) e biomassa (8,4%).
Essa configuração tem permitido ao Brasil manter, ao longo de duas décadas, mais de 70% da matriz elétrica oriunda de fontes renováveis, um marco impressionante em comparação com outros países.
Perspectivas futuras
Embora a matriz energética brasileira ainda seja predominantemente composta por fontes não renováveis, há uma clara tendência de transição para fontes mais limpas.
Segundo o Plano Nacional de Energia (PNE), o Brasil tem o potencial de alcançar uma matriz 100% renovável até 2050.
Para isso, são necessários investimentos significativos em fontes renováveis, especialmente na energia solar e eólica, que, juntas, podem responder por 50% ou mais da capacidade instalada da matriz elétrica.
Além disso, matriz energética mundial também poderia se tornar 100% renovável até 2050, de acordo com o estudo Global Energy System based on 100% Renewable Energy.
A pesquisa sugere que a transição para fontes renováveis para atender todos os setores não só seria mais sustentável, como também mais econômica, ao reduzir a dependência de combustíveis fósseis caros e poluentes.
Para alcançar esse objetivo, o estudo enfatiza a necessidade de os países adotarem metas nacionais de descarbonização e implementarem políticas e incentivos para promover o uso de energias renováveis, alinhadas com os compromissos climáticos globais.
Essa transição será crucial não apenas para combater as mudanças climáticas, mas também para aumentar a segurança energética dos países e reduzir a dependência de combustíveis fósseis.
Saiba como ajudar a minimizar os impactos ambientais
Para ajudar na transição energética e tornar a matriz energética brasileira mais renovável, é essencial que as empresas comecem a adotar fontes de energia renováveis. Uma das formas mais eficazes de fazer isso é por meio do mercado livre de energia.
Esse ambiente oferece autonomia para negociar diretamente com fornecedores. Essa flexibilidade permite personalizar contratos, ajustar volumes de consumo e optar por fontes renováveis, como energia solar e eólica.
Ao migrar para o mercado livre de energia, as empresas conseguem se alinhar com as tendências globais de sustentabilidade, reduzindo sua pegada de carbono e contribuindo significativamente para o combate às mudanças climáticas.
Essa transição para fontes renováveis é fundamental para o fortalecimento da matriz energética brasileira e para que o país alcance suas metas de sustentabilidade a longo prazo.
Echoenergia: sua parceira no mercado livre de energia
A Echoenergia, parte do Grupo Equatorial, é especialista em geração e comercialização de energia renovável. Com uma capacidade instalada de 1,8 GW — incluindo 1,2 GW de parques eólicos no Nordeste e 574 MW em usinas solares no Piauí e na Bahia —, a Echoenergia oferece soluções sustentáveis e eficientes para empresas que buscam otimizar seus custos energéticos. Estamos comprometidos em ajudar nossos clientes a alcançar suas metas de eficiência e sustentabilidade.
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