Mercado Livre de Energia, Geração Distribuída e Autoprodução: quais as diferenças?
Se você é daqueles que gasta muito dinheiro na fatura de energia todo mês e pesquisou como economizar, já deve ter se deparado com algumas opções de fornecimento de energia, tais como o Mercado Livre de Energia, Geração Distribuída e a Autoprodução.
Apesar de todas essas soluções fornecerem economia, elas são muito diferentes entre si e cada uma é indicada para um perfil específico de consumidor – então, vamos descobrir o que são essas modalidades e qual a melhor para você? Vem com a gente!
O Mercado Livre de Energia
O Mercado Livre de Energia é um ambiente de negociação consolidado que já existe desde 1995 no Brasil e é regulamentado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Ao migrar para esse mercado, o consumidor ganha acesso a alguns benefícios que não possuía no mercado regulado – o Mercado Regulado é aquele “padrão automático”, direcionado a todos os cidadãos quando realizam uma nova instalação elétrica.
Dentre esses benefícios, estão a possibilidade de negociar preços, condições do fornecimento e escolher a fonte da energia que quer consumir, como renováveis.
O Mercado Livre de Energia possui diferentes modalidades, entre elas o Mercado Atacadista, direcionado para clientes que possuem demanda contratada acima de 500kW e o mercado Varejista que a partir de 2024 irá atender todos os clientes do grupo A, sem limitação de demanda contratada. Bora conhecer cada um no detalhe?
Economia e Condições de fornecimento
Quem não gosta de economizar, não é mesmo? No Mercado Livre de Energia, a redução de custos na fatura é sempre esperada, uma vez que o consumidor pode negociar diretamente com a comercializadora as condições de fornecimento e os preços oferecidos. Essa flexibilidade existe para que cada cliente possa decidir o melhor produto que atenda suas necessidades, visando alcançar economias de até 40% de na fatura mensal.
Fontes de energia renováveis
Outra característica marcante do Mercado Livre de Energia é a possibilidade de consumir energia de fontes renováveis, podemos destacar a energia solar e a eólica, que além de possuírem preços competitivos a mesma possui uma pegada mais sustentável e reduzem a emissão de CO2.
Além de preços competitivos, consumir energia gerada por fontes limpas também colabora para a frente de ESG das empresas, um fator cada vez mais valorizado no cenário corporativo internacional.
Produtos confiáveis sem burocracia
Diferentemente das outras modalidades citadas, o Mercado Livre de Energia é uma solução consolidada em que a comercializadora realiza todo o processo de migração e adaptação sem custo ao cliente, ou seja, a comercializadora realiza todo o processo de migração e adaptação ao Mercado Livre de Energia sem custos para o cliente.
Dessa maneira, o consumidor não precisa se preocupar com os aspectos burocráticos do processo de migração, podendo economizar de maneira muito mais rápida e prática.
Mas, afinal, quem pode participar do Mercado Livre de Energia?
Até o momento, apenas consumidores do Grupo A que atendam ao requisito de demanda contratada de, pelo menos, 500kW. Já são mais de 30 mil unidades consumidoras que aderiram ao Mercado Livre de Energia em todo o Brasil e pelo menos 90% das indústrias nacionais já fazem parte desse ambiente de negociação.
Entretanto, esse cenário está mudando! A partir de 2024, todas as unidades consumidoras do Grupo A de consumo estarão aptas a fazer parte do Mercado Livre de Energia, independentemente da sua demanda contratada. A expectativa é que, com essa abertura para todos os consumidores do Grupo A, mais de 100 mil novas unidades se tornem elegíveis para migrar e aproveitar todos os benefícios do Mercado Livre de Energia.
Geração Distribuída
Talvez você já conheça: sabe aqueles painéis solares instalados acima de casas, espaços para shows ou comércios? São exemplos de aplicação da Geração Distribuída.
Por definição, essa modalidade de fornecimento é aquela que permite a geração da energia próxima ao local de consumo, diferentemente do Mercado Livre de Energia e do Mercado Regulado, que comercializam a energia gerada em grandes usinas conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
Existem diversas fontes que podem ser utilizadas para a geração distribuída com destaque na matriz solar. Devido à sua versatilidade e custo, os painéis solares representam cerca de 98% das instalações desse segmento no Brasil.
De acordo com a ANEEL, o país já conta com 18GW de potência instalada proveniente de geração distribuída – crescimento puxado pelas instalações residenciais, somando 4GW.
Mas, afinal, o quanto dá para economizar, quais são os modelos de negócio, quem está apto e como funciona essa modalidade? A gente responde:
Como funciona?
Ao adotar o modelo de Geração Distribuída, você se torna um “prossumidor” de energia – uma pessoa que gera e consome a própria energia. Por isso, você pode ser autossuficiente no consumo energético da sua unidade e até direcionar o excedente de volta para a rede e ganhar créditos.
Por exemplo: caso você gere mais do que consome no mês, essa energia excedente será contabilizada como crédito para utilização nos próximos meses. Você pode utilizar esses créditos para abater o consumo excedente de energia por um período de até 60 meses.
Quanto posso economizar?
A economia pode variar dependendo do modelo de negócio: nos que não há investimento, ela pode chegar até 20% dependendo da distribuidora, agora, caso o cliente queira adquirir seu próprio sistema de geração, ela pode chegar até 95%.
Preciso investir?
Talvez! Para as modalidades de GD compartilhada ou autoconsumo remoto, não há a necessidade de investimento inicial.
Já para adquirir micro usinas, sim! A instalação dessas unidades necessita de um investimento inicial para a compra dos equipamentos, serviço de instalação e adequação do sistema elétrico local.
O valor varia dependendo da potência desejada e a empresa responsável pela instalação, entretanto, em consumo residenciais, o custo geralmente começa em R$12 mil. Então, vale a pena sentar e colocar os valores no papel para entender quanto tempo levaria para o investimento se tornar economia.
É sustentável?
Sim! Um requisito para a instalar unidades de geração distribuída é a matriz energética ser renovável, então utiliza-se preferencialmente fontes eólicas, solares e de biomassa.
Outro cuidado para integrar o modelo de geração distribuída é contratar uma empresa confiável, que utilize materiais qualificados e possua um time profissionais no assunto. Nossa recomendação é a Enova, uma empresa do Grupo Equatorial e referência em GD no Brasil.
Autoprodução de energia
Essa é para aqueles que confiam no próprio taco! A autoprodução é basicamente o que o nome diz: o consumidor produz a sua própria energia, para uso exclusivo de sua unidade.
Via de regra, os adeptos dessa modalidade são empresas de alto consumo energético que buscam reduzir os seus custos oriundos da fatura, ter previsibilidade no custo de energia a longo prazo e não pagarem encargos setoriais por gerarem a própria energia.
Para quem escolhe esse segmento, a autogeração de energia pode ser total, suprindo inteiramente o consumo, ou parcial, complementando o montante contratado por outro fornecedor.
O conceito parece um pouco com o de geração distribuída, mas tem algumas diferenças importantes: na autoprodução, a geração não precisa ser em pequena escala, podendo ultrapassar os limites de potência instalada que são previstos para a geração distribuída.
Além disso, autoprodutores não necessariamente precisam gerar energia próximos da unidade de consumo, diferentemente da geração distribuída que, obrigatoriamente, ocorre próxima às unidades consumidoras.
Para ser um autoprodutor, é necessário obter uma concessão, autorização ou registro permitindo a produção de energia para uso exclusivo, podendo fazer em duas modalidades:
Autoprodução contígua
Essa é aquela em que o ponto de consumo e a fonte de energia estão próximas e não utilizam a malha de transmissão energética do Sistema Integrado Nacional (SIN) para transportar a energia, então, todo o processo de geração até o consumo é de responsabilidade do autoprodutor.
Nesse caso, como não há o uso da malha do SIN, não ocorre a cobrança de nenhum encargo setorial, mas os autoprodutores seguem sujeitos à cobrança da Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica (TFSEE).
Autoprodução remota
Também conhecida como produção “fora da cerca”, é o exato oposto da modalidade contígua. Aqui, o ponto de consumo está distante da fonte geradora, e precisa utilizar a malha de transmissão do SIN para transportar a energia produzida.
Para os autoprodutores que optam pelo remoto, os encargos setoriais de responsabilidade do consumidor não são cobrados. O cliente pode optar por investir em sua própria usina ou participar de consórcios e/ou SPEs com outras empresas para usufruir desse benefício.
Esse modelo é sustentável?
Sim! Grande parte dos autoprodutores optam por gerar sua energia via fontes renováveis, pois elas trazem benefícios adicionais à empresa, como a possibilidade de se enquadrar como energia limpa e poder se utilizar do fator sustentabilidade dentro de suas práticas institucionais.
Preciso investir?
Depende! Essa modalidade requer grandes investimentos, o autoprodutor pode investir em sua própria usina arcando com os custos do processo. Entretanto, existem modelos de contratação que há a possibilidade de se associar a uma empresa geradora como a Echoenergia e obter os benefícios de autoprodução.
Assim, o nível de economia oferecida e a segurança no fornecimento a categorizam como uma escolha vantajosa para diversas empresas.
Se você for esse tipo de consumidor, conte com a Echoenergia para te guiar nos melhores caminhos rumo à autoprodução. Basta entrar em contato com a nossa equipe por meio do site oficial.
E aí, entendeu as diferenças entre cada um desses segmentos de energia? Para ficar por dentro das novidades do setor, siga a Echoenergia nas redes sociais e se mantenha atento às novas publicações do nosso blog.
Caso tenha dúvidas sobre a melhor maneira de economizar em seu negócio, contate o nosso time de especialistas, te guiaremos cuidadosamente rumo à economia.