Brasil vai triplicar a produção de energia renovável até 2030
No palco global da COP 28 (Conferência do Clima das Nações Unidas), que acontece entre 30 de novembro e 12 de dezembro de 2023, o Brasil, juntamente com outras 117 nações, firmou um compromisso histórico para transformar radicalmente a matriz energética mundial. Com uma visão alinhada à busca por soluções sustentáveis, esses países decidiram unir forças para triplicar a produção de energia renovável até o ano de 2030. No texto abaixo, você vai saber mais sobre a iniciativa. Boa leitura!
No dia 2 de dezembro de 2023, durante a realização da COP 28 (Conferência do Clima das Nações Unidas), um consórcio composto por 118 nações, do qual o Brasil faz parte, firmou um compromisso notável quanto à produção de energia renovável.
O acordo estabelece a meta ambiciosa de triplicar suas capacidades no campo das energias renováveis até o ano de 2030.
Além disso, vinte países adicionais se comprometeram a triplicar sua capacidade de geração nuclear até 2050 , em um movimento que está sendo amplamente reconhecido como histórico.
Esse gesto coletivo é uma resposta à crescente conscientização global sobre a urgência das questões climáticas, mas também abre caminho para transformações significativas no cenário energético mundial.
China e Índia
Apesar de a China e a Índia terem expressado seu respaldo à iniciativa, é importante observar que nenhum dos dois países formalizou sua adesão ao compromisso global, conforme relatado pela agência de notícias Reuters.
A condução desse acordo esteve a cargo da União Europeia, Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos. Além do Brasil, outras nações, como Nigéria, Austrália, Japão, Canadá, Chile e Barbados, figuram na lista de países que oficialmente assinaram o pacto.
Energia eólica, solar e hidroelétrica
O documento estabelece a orientação para que as nações colaborem com o aumento das capacidades globais de energias renováveis, o que abrange fontes como energia eólica, solar e hidroelétrica e visa atingir a marca de 11.000 GW (Gigawatts), em contraste com os aproximados 3.400 GW existentes atualmente.
É válido destacar que esse objetivo não possui caráter obrigatório, uma vez que considera “os diferentes pontos de partida e circunstâncias nacionais” de cada nação que assinou o acordo, conforme comunicado da presidência da conferência.
Sultan al-Jaber, presidente da COP 28, expressou que esta iniciativa “pode e irá contribuir para que o mundo se distancie do uso ininterrupto do carvão”.
Dependência de combustíveis fósseis
Apesar da importante decisão, especialistas ressaltam que, para alcançar a neutralidade de carbono ao longo deste século, é imperativo reduzir de forma acelerada a dependência dos combustíveis fósseis – que ainda representam as principais fontes de energia utilizadas no mundo.
Outro aspecto questionado por organizações ambientais, como o WWF (World Wide Fund for Nature), é a aparente contradição associada à participação do Brasil na Opep+.
De acordo com a visão da ONG (Organização Não Governamental), embora haja indícios encorajadores no enfrentamento do desmatamento, a adesão a esse grupo reforça a coalizão de países produtores de petróleo, o que vai de encontro à imperativa e urgente transição energética necessária para lidar com a crescente crise climática, tanto no Brasil quanto globalmente.
Redução das emissões de metano
Os principais produtores globais de petróleo, incluindo os Estados Unidos, revelaram, também na COP 28, seus novos planos para uma drástica redução das emissões de metano provenientes de suas operações. Esses compromissos envolvem um pacto inédito entre 50 das maiores empresas petrolíferas do mundo, que abrange tanto gigantes estatais, como a Saudi Aramco, quanto grandes corporações, a exemplo da ExxonMobil.
As marcas, por sua vez, se comprometeram a praticamente eliminar as emissões de metano decorrentes de suas atividades de perfuração e produção.
Essa iniciativa também contempla a implementação de novas regulamentações por parte do governo dos Estados Unidos e de outras nações, além de esforços internacionais de monitoramento destinados a assegurar que as empresas cumpram suas promessas.
A concentração na redução do metano se justifica, uma vez que esse gás é considerado um super poluente comumente liberado por operações industriais.
A urgência na diminuição dessas emissões é respaldada por cientistas, que enfatizam a necessidade de ações rápidas para alcançar as metas ambiciosas do acordo climático de Paris de 2015, visando evitar que o aquecimento global ultrapasse 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.
Energias renováveis X Energia nuclear
O diálogo em torno das energias renováveis versus a opção nuclear persiste ao longo de décadas, com a AIE (Agência Internacional de Energia) mantendo a posição de que ambas as alternativas são plenamente conciliáveis.
Os eventos catastróficos dos acidentes nucleares em Chernobyl (1986) e Fukushima (2011), contudo, fortaleceram a posição dos críticos da energia nuclear, principalmente entre as organizações ambientalistas.
Algumas nações, como a Alemanha, abandonaram seus projetos nucleares, embora eventos como a guerra na Ucrânia tenham suscitado incertezas em relação a medidas radicais como essa. Estados Unidos, França e Japão estão entre os vinte países que se comprometeram a triplicar sua produção de energia nuclear até meados do século.
Rafael Grossi, diretor-geral da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), destacou em uma entrevista à agência AFP que a última vez que o Banco Mundial financiou um projeto nuclear foi em 1959.
A lista de países signatários da declaração pró-nuclear da COP 28 engloba desde nações em desenvolvimento, como a Mongólia e Marrocos, até países em conflito, como a Ucrânia, cujas usinas elétricas enfrentam ameaças das forças russas, além de grandes produtores de combustíveis fósseis, como os Emirados Árabes Unidos.
Conforme estimativas da AIEA, atualmente existem 412 reatores nucleares distribuídos em 31 países, respondendo por quase 10% da produção global de eletricidade. Em 2022, essa contribuição atingiu cerca de 2.545 TWh (Terawatts), sendo um terawatt equivalente a 1.000 Gigawatts.
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A informação está correta. A justificativa desses 20 países se refere à redução da emissão de carbono.
O parágrafo ficou muito extenso, sugiro deixar como anteriormente para não prejudicar o SEO e a experiência de leitura do usuário.