A geração de energia eólica offshore é uma das mais novas apostas globais na busca por fontes renováveis de energia – gerada em alto-mar, essa modalidade oferece um maior potencial de geração em capacidade instalada, com turbinas potentes e aerogeradores adaptados para os fortes ventos marítimos. Veja abaixo em detalhes os aspectos que fazem dessa alternativa uma forte aliada na transição energética.
Por que fazer parques eólicos no mar?
Já forte na Europa e ainda tímida ao redor do mundo, a geração de energia eólica offshore vem mostrando sinais de expansão frequentes no cenário energético global. Entretanto, a pergunta que fica é: por que instalar os aerogeradores no meio do mar?
A resposta está nos ventos das zonas marítimas que, por serem ainda mais constantes, intensos e estáveis do que nas regiões terrestres. Possibilitam a instalação de aerogeradores que suportem uma maior capacidade de geração, chegando até os 8.2MW de potencial instalado por turbina – para efeitos de comparação, alguns dos equipamentos mais modernos para a modalidade terrestre possuem capacidade de geração de 4MW.
Além dos ventos, o espaço também é um fator chave! Para gerar mais energia do que o possível em terra, os ventos constantes não bastam: são necessários aerogeradores maiores. E vamos combinar que, se existe um lugar com espaço nesse mundo, é o mar.
Existe energia eólica offshore no Brasil?
Ainda não! Até o momento, não temos complexos eólicos offshore operando no Brasil. Isso se deve a duas razões principais, a primeira sendo o custo e complexidade desses empreendimentos e, a segunda, o rito de aprovação necessário para se desenvolver um complexo energético no Brasil.
Apesar de registrar uma queda estável nos últimos anos, o preço de instalação de uma usina eólica no mar ainda é muito maior do que quando comparado com a modalidade on-shore (ou seja, na terra). A estimativa realizada pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) é de que, em 2020, o desenvolvimento custasse cerca de U$2.858 por kilowatt hora.
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Por outro lado, não é fácil lançar empreendimentos energéticos no Brasil, pois contamos com rigorosas legislações ambientais que visam proteger a saúde da costa nacional, além de que cada um desses projetos é minuciosamente analisado e debatido por diversas entidades. Atualmente, são cerca de 78 pedidos de análise para implementação de offshores aguardando o parecer do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), somando 189GW.
No mundo, o cenário é um pouco diferente e já anda a passos largos – embora ainda tímidos, quando comparado com outras matrizes energéticas. Hoje, o mundo possui cerca de 57GW de geração em energia eólica offshore, com complexos concentrados na China, Alemanha, Reino Unido e outros países no eixo euroasiático.
Quando surgiu a primeira energia eólica offshore?
Os complexos eólicos marítimos são assunto no universo da energia há décadas. As primeiras conversas e projetos começaram a ser desenvolvidos por volta de 1990, na Dinamarca, mas o conceito de gerar energia eólica em alto mar só foi ganhar força anos depois, a partir de 2001 – hoje em dia, a capacidade instalada em GW referente aos empreendimentos offshores crescem quase 30% ao ano.
Em 2017, a empresa Statoli começou a operar o primeiríssimo complexo de geração energética flutuante do mundo, na Escócia. Isso foi possível pois os aerogeradores e demais estruturas contavam com boias potentes e tecnologia adaptada ao ambiente marítimo, permitindo a instalação dos aerogeradores em profundidades superiores a 100 metros.
Com o CAPEX necessário para o desenvolvimento desses empreendimentos diminuindo em ritmo constante, cada vez mais conglomerados de energia – em especial grandes petroleiras – colocam os olhos na possibilidade de utilizar as águas ao redor do mundo para prover energia de maneira renovável.
Enquanto isso, as eólicas onshore – as que ficam sob a terra – já estão em estágio muito mais avançado. Representando uma das maiores fontes de energia renovável em todo o mundo, essa matriz é limpa, sustentável e inesgotável, uma vez que depende unicamente da força dos ventos para gerar energia cinética e, posteriormente, elétrica.
Um exemplo de empresa já consolidada nesse universo é a Echoenergia, a plataforma de energia renovável do Grupo Equatorial que já é responsável por 13% de toda a produção eólica do Brasil, com 1.2GW de capacidade instalada.
Oferecendo produtos que permitem economizar até 40% na fatura dentro do Mercado Livre de Energia, a Echo trabalha com soluções limpas e sustentáveis que não requerem investimento inicial ou diminuição do consumo para atingir economia.
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